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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

JOSÉ ROSSINI COSTA MACHADO

Natural de Belo Horizonte-Minas Gerais
Graduado em Letras no MARANHÃO.

, - Data de Nascimento: 22/04/1951.

Servidor Público Federal – Graduado em Letras pela Faculdade Athenas Maranhense – Filosofia na UFMA.

Participou das seguintes Antologias: Poetas Brasileiros de Hoje – 1982; e a Nova Literatura Brasileira – 1984, ambas publicadas pela Editora Shogum Arte-RJ.

Ilustrações de Yarles Silva.
Textos e imagens enviados por


Emilene Soares de Oliveira.

 

 

Meus versos falam de amor por necessidade.

Assim como um fumante ascende o cigarro, ou

o alcóolatra toma seu primeiro trago antes do café da manhã.

Eu tento compensar, preencher essa lacuna,

aldravar essa porta que foi aberta,

e que esqueceram de fechar!

Preencher esse espaço com os meus versos,

expondo-me ao ridículo, sendo presunçoso,

querendo arrancar do peito esse ranço viscoso,

que os poetas teimam em chamar de amor.

 

 

Êxtase

 

A luz do castiçal lentamente se apaga,

Nossas mãos ansiosas se encontram,

O odor que na taça o vinho exala,

Excita ainda mais os nossos corações.

A transparência do robe acetinado,

Acentua a nudez da virginal donzela...

Enchendo de volúpia o meu corpo,

Que, sôfrego, arqueja ao lado dela.

Agasalho-me, em seu colo angelical,

Absorvendo a divinal fragrância

Que emana dos sentimentos puros,

Que o amor do seu corpo exala.

Levitando entre o sonho e a realidade

Desse amor excelso que acasala,

Desfaleço em êxtase supremo,

Como um escravo débil de senzala.

 

Outono Triste

 

Nesse outono a poesia perdeu a elegância,

Sem o brilho e o lirismo de outras estações.

Não se fala de amores nem de paixões, e

eclodiu na alma espasmos de dor e ânsia.

O cenário atual é de profunda desolação!

E o nosso povo alegre perdeu a esperança,

Pois a dor da perda que ficou na lembrança

Deixou cicatrizes indeléveis no coração.

Nesse outono triste o poeta desolado chora.

Pois seus versos perderam a singular emoção,

Como as flores de um final de estação

Na chegada taciturna e rigorosa do inverno.

Não há, pois, motivo algum para celebração!

A alma desfigurada está imersa em tristeza,

Nossa gente vive agora tantas incertezas,

Que o sorriso desapareceu da face humana.

 

 

Ao Som dos Atabaques

 

       Ao som hipnótico dos atabaques,

       Os pés descalços, ágeis e belos;

       O contorcer de corpos tão singelos,

       Enchem de mistério o umbral da sala.  
       Corpos flutuam num ritual sagrado,

Iluminados pela luz mística das velas.

       Deusas negras cujas silhuetas revelam 
       A beleza sensual de seus antepassados.

       Ouço suas vozes no canto aos orixás,   
       E o odor do suor e do incenso no ar,

E a bela negra que traz tatuada,

       Nos rijos seios o rosto de Iemanjá.

       E seu longo vestido branco de rosas,

       Que bailam como as ondas do mar.

 

 

       Devaneios
      

       Eu queria ser como o vento que sopra forte

E a montanha que desafia o tempo.

Eu queria ser como o sol cuja luz nunca apaga

       E a sequoia gigante que reina por sobre a floresta.

       Eu queria ser como a lua rainha soberana da noite

       E o aconchego de uma criança no ventre de uma

       mulher.

       Eu queria ter asas e poder voar alto, acima dos meus

       sonhos.

       Eu queria ter esses poderes e poder zombar da mor
       Eu queria que a humanidade tivesse melhor sorte,

       E que os homens fossem eternas crianças.

 

 

       Espelho da Alma

 

       Levantei-me ainda muito cedo!

       O sol timidamente despertava.

       O cheiro forte da terra molhada,

       E alguns saguis nos arvoredos.

       Pus-me lentamente a caminhar,

       Bebi nas águas cristalinas da fonte,

       E acendi o meu cigarro de palha.

       Uma cigarra cantou e centenas

       de outras entoaram seu canto estridente.

       Eu seguia, seguia sempre em frente

       Nessa manhã que acordou sorrindo.

       E numa poça d´água, por um instante,

       Vi o rosto brejeiro de um menino.

 

 

 

*

VEJA e LEIA outros poetas do MARANHÃO em nosso Portal:

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Página publicada em julho de 2023

 


 

 

 
 
 
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